quinta-feira, 30 de julho de 2015

Pra rir...


O que acontece dentro do casulo da borboleta?


Uma lagarta muitas vezes nojenta e feia se transforma em poucos dias em uma exuberante borboleta. É tão  inacreditável como imaginar que um ser humano é formado em 9 meses, não é? Bem, enquanto é uma lagarta, o único trabalho deste bichinho é comer, comer, comer e reservar, reservar, reservar… Quando já existe reserva suficiente a lagarta pára de comer, encontra um lugar seguro, e torna-se uma pupa. Uma pupa nunca come e raramente se move.

O mais impressionante acontece mesmo dentro do casulo construído para proteger todo o processo de metamorfose. A transformação em si é surpreendente. Imagine um frasco plástico que foi para a lixeira e vai ser derretido para se tornar uma forma totalmente diferente. Isto é o que acontece dentro de um casulo: uma reciclagem! No interior do casulo, grande parte do corpo da lagarta é atacado pelo mesmo tipo de suco ácido, usado para digerir a comida ingerida na fase de lagarta, os tecidos vão sendo destruídos de dentro para fora em um processo chamado de histólise.

Mas nem tudo é destruído, uma parte do tecido antigo ainda será utilizado. Algumas células antigas são do tipo indiferenciadas, isso significa que são como as células-tronco, que podem se transformar em qualquer tipo de célula, elas permaneceram adormecidas na fase de lagarta. São essas células que se tornam partes importantes da futura borboleta. Para isso, passam por um processo bioquímico chamado de histogênese, construindo ininterruptamente um novo coração, novos músculos e sistema digestivo.

Imagine um frasco plástico que foi para a lixeira e vai ser derretido para se tornar uma forma totalmente diferente. Isto é o que acontece dentro de um casulo: uma reciclagem

Durante esse tempo, apesar da destruição e reconstrução, a borboleta não pode excretar nada, e assim, todos os resíduos se acumulam e só poderá se livrar deles quando romper o casulo e deixar ali a sujeira. A saída do casulo requer muita energia. Uma série de movimentos força a pele velha contra a direção oposta à cabeça. Os movimentos são lentos, porém fortes e pontuais. O tempo de transformação e emersão é bem variado em cada espécie. Assim que a borboleta provoca as rachaduras no casulo, começam fazer resistência por esse lado. Quando se é completamente livre, libera o mecônio (resíduos nitrogenados já citados acima) e então expande as asas para bombear o líquido hemolinfático para as veias da asa  e então espera o endurecimento das asas que lhes permitem voar.

Assim que a borboleta provoca as rachaduras no casulo, começam fazer resistência por esse lado.



Você sabia?

REPRODUÇÃO VARIADA
Os insetos podem se reproduzir de diferentes formas. O tipo de reprodução mais comum é a sexuada - as duas células reprodutoras se encontram e formam uma nova célula - e por oviparidade, quando os ovos são colocados diretamente no ambiente e o embrião se desenvolve longe do corpo da mãe. Outra forma é a reprodução é assexuada, quando o óvulo se desenvolve sem ser fecundado pelo gameta masculino e, assim, pode produzir só fêmeas ou só machos.


INSETO DO DIA

Ordem: Ephemeroptera

Insetos pouco conhecidos, tem tempo de vida curto.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Pra rir...


Você sabia?

VIDA LONGA
O ciclo de vida de um inseto, entre ovo e adulto, pode variar bastante. Dependendo da espécie, pode viver poucos dias - ou chegar a mais de 15 anos. Uma formiga operária, por exemplo, vive até seis anos.

Europa aprova primeira vacina contra malária

Agência Europeia de Medicamentos aprovou imunização inédita.
Vacina não será distribuída até que obtenha autorização da OMS.

Parasitas da malária são vistos entre hemácias do sangue (Foto: CDC/Mae Melvin)

Pela primeira vez, uma vacina contra a malária, de eficácia limitada, recebeu o aval das autoridades europeias, abrindo novas perspectivas para a luta contra esta doença, especialmente letal na África.

Chamada Mosquirix ou RTSS, a vacina desenvolvida pela farmacêutica GSK é destinada às crianças e recebeu uma "opinião científica positiva" da Agência Europeia de Medicamentos (EMA). A imunização, porém, não será distribuída até que obtenha a autorização da Organização Mundial da Saúde (OMS) em novembro.

A malária é uma doença infecciosa transmitida pela fêmea do mosquito Anopheles infectada pelo Plasmodium. Os principais sintomas são febre alta, calafrios, tremores, suor e dor de cabeça. Atualmente, não existem vacinas disponíveis. O tratamento é simples e eficaz, mas, se a doença não for tratada, ela pode matar.

O parasita letal desenvolveu resistência aos tratamentos sucessivos e os mosquiteiros encharcados com inseticida continuam sendo o método mais eficaz para se proteger da malária.

A EMA aprovou a qualidade, segurança e eficácia da droga, assim como sua relação entre benefício e risco.

A OMS deverá inicialmente fazer recomendações sobre sua utilização em programas de vacinação, e depois as regulamentações nacionais poderão decidir se aprovam ou não o que poderia tornar-se a primeira vacina contra uma doença parasitária.

Exemplar de 'Anopheles stephensi', vetor indiano da malária (Foto: Divulgação/Csiro)

Mosquirix é a vacina contra a malária mais avançada do ponto de vista clínico contra esta doença que mata cerca de 600 mil pessoas por ano. Mais de 75% dos pacientes são crianças menores de cinco anos, segundo a OMS.

Apenas na África subsaariana, a doença transmitida pelo mosquito mara em média cerca de 1.200 crianças por dia, mais que a quantidade da pessoas que morrem por causa dela ao longo de um ano na América Latina e no Caribe.

Útil na África
Desenvolvida pela GlaxoSmithKline (GSK) com o apoio da ONG PATH Malaria Vaccine Initiative e financiamento da Fundação Bill e Melinda Gates, a Mosquirix foi a primeira vacina contra a malária a chegar na fase III de testes clínicos, o estágio final antes do lançamento para o mercado.

Ela destina-se a proteger as crianças com idade entre seis semanas e 17 meses de idade.

Em abril passado, os resultados de anos de testes em 15 mil crianças em sete países africanos foram publicados na revista médica britânica The Lancet, apontando um resultado não muito bem sucedido.

'Benefícios superam os riscos'
De acordo com os resultados, a droga oferece uma proteção parcial pequena que some com o tempo, mas de qualquer maneira pode prevenir milhões de casos.

A comissão da EMA concluiu que apesar da sua eficácia limitada, "os benefícios da Mosquirix superam os riscos".

"Embora não seja, sozinha, uma resposta completa à malária, sua utilização com mosquiteiros e inseticidas será uma contribuição significativa para o controle do impacto da malária em crianças para os países africanos que mais precisam", afirmou o laboratório GSK em comunicado.

A gigante farmacêutica aceitou administrar o remédio a "um preço sem fins lucrativos".

Os testes demonstraram que as crianças de entre cinco e 17 meses receberam uma proteção de 50% contra a malária no primeiro ano, embora caia para 28% ao final de quatro anos. Um reforço da vacina aplicado 18 meses depois aumenta esta proteção em 36% no quarto ano.

Fonte: G1 Bem Estar


INSETO DO DIA

Atta sp.

Ordem: Hymenoptera

Possui mandíbulas afiadas afiadas.

terça-feira, 28 de julho de 2015

segunda-feira, 27 de julho de 2015

INSETO DO DIA

Cosmopolites sordidus

Ordem: Coleoptera

O moleque-da-bananeira, nome popular, é um inseto praga da bananeira.


sexta-feira, 24 de julho de 2015

INSETO DO DIA

Goniurellia tridens

Ordem: Diptera

Mosca de frutas que carrega uma pequena obra de arte em suas asas.




quinta-feira, 23 de julho de 2015

Transformações radicais: americano registra a vida das lagartas

Samuel Jaffe fotografa lagartas desde 2008 e criou organização para estudo e registro de suas vidas.


Nas fotos da fileira de cima, ele registrou três variedades da Eumorpha achemon. Nas de baixo, outras três variedades, Papilio glaucus, polyxenes e troilus (Foto: Samuel Jaffe/Divulgação)


Há anos o fotógrafo americano Samuel Jaffe fotografa lagartas, criaturas que passam por transformações radicais para se defender de predadores. Nas florestas da Nova Inglaterra, nordeste dos EUA, é possível encontrar milhares de espécies de lagartas que usam essas estratégias.

Jaffe se interessou por lagartas quando ainda era criança e começou a fotografá-las em 2008. Daí criou o Caterpillar Lab, um projeto educacional com apoio da Universidade de Antioch, nos EUA. O objetivo é divulgar como é a vida das lagartas.

Acima, a lagarta Esfinge chersis (Foto: Samuel Jaffe/Divulgação)

"Criei lagartas durante toda minha vida. Meus pais as encontravam rastejando em volta da casa quando eu tinha cerca de quatro anos - eu as pegava no quintal, mas eles não sabiam (o que eu estava fazendo)", disse Jaffe.

"Há algo muito especial sobre elas: elas são organismos juvenis - o estágio de larva de borboletas e mariposas -, então elas não têm que se preocupar com as pressões da vida adulta, como encontrar um parceiro ou lutar por território. Elas só precisam se preocupar com a defesa contra predadores. São animais defensivos notáveis", afirmou o fotógrafo.

Na foto acima, a Dasylophia anguina, em uma postura defensiva (Foto: Samuel Jaffe/Divulgação)

A exposição das fotos de Jaffe, "Vida na Ponta da Folha", está em cartaz até 27 de setembro em um centro cultural no Estado americano de Ohio. Também é possível conhecer mais sobre o trabalho do fotógrafo no site www.samueljaffe.com

'São animais defensivos notáveis', afirmou o fotógrafo sobre as lagartas; acima, a Alypia octomaculata (Foto: Samuel Jaffe/Divulgação)

O foco na defesa é o que fez com que as lagartas desenvolvessem alguns truques incríveis para imitar outros animais, passar despercebidas ou parecer perigosas para sapos, aves ou outros predadores. Na imagem acima, a Hyalophora cecropia (Foto: Samuel Jaffe/Divulgação)

Algumas são capazes de mudar a aparência para se disfarçarem de cobra; outras conseguem se parecer com uma folha morta ou um galho. Na imagem, exemplares de Ceratomia amyntor penduradas em um galho de folhas mortas de olmo (Foto: Samuel Jaffe/Divulgação)

Escolher entre as 5 mil espécies de lagartas que vivem na Nova Inglaterra não é fácil, mas Jaffe afirma que esta lagarta é uma de suas favoritas, a Sphedocina aboottii (Foto: Samuel Jaffe/Divulgação)

Para fotografar as lagartas é preciso dedicação. "Observar-me na floresta é como observar alguém andando em um museu, muito muito devagar, olhando cada detalhe, revirando muitas folhas", disse Jaffe. Na foto, a Cerura scitiscripta (Foto: Samuel Jaffe/Divulgação)

Fonte: BBC BRASIL / G1

Você sabia?

CONCORRENTES DOS HUMANOSOs insetos são os principais concorrentes do ser humano por alimentos. Eles atacam as lavouras e os produtos até mesmo depois da colheita, o que, muitas vezes, torna necessário o uso de agrotóxicos.


INSETO DO DIA

Charidotella sexpunctata

Ordem: Coleoptera

Nativo dos Estados Unidos e parece uma joaninha feita de ouro.


terça-feira, 21 de julho de 2015

Você sabia?

SEM INSETOS, SEM FLORES



Se não fosse pelos insetos, você não teria aquela orquídea linda. Eles são os principais responsáveis pela reprodução das plantas e pela produção de alimentos por meio da polinização, o transporte de pólen.


INSETO DO DIA

Fulgora sp.

Ordem: Hemiptera

Parece um jacaré ou eu estou vendo coisas? rsrsrs


segunda-feira, 20 de julho de 2015

INSETO DO DIA

Besouro

Ordem: Coleoptera

Pertence a família Curculionidae. Chama-se rostro, o prolongamento na cabeça do inseto.


domingo, 19 de julho de 2015

sábado, 18 de julho de 2015

INSETO DO DIA

Thaumastocoris peregrinus (Percevejo bronzeado)

Ordem: Hemiptera

Umas das pragas da eucaliptocultura no Brasil.


sexta-feira, 17 de julho de 2015

Pra que pessoas famosas?

Os insetos podem substituí-los! (vale lembrar que aranha não é inseto) kkkkkkkkkkkk


Cientistas desvendam estratégia de mosquitos para picar humanos

Insetos têm táticas baseadas em três fatores: cheiro, visual e calor corporal; para pesquisador, é difícil escapar de estratagemas.


Uma nova pesquisa de cientistas dos Estados Unidos sugere que mosquitos escolhem as vítimas de suas picadas a partir de três fatores: cheiro, visão e, por último, calor.

Biólogos gravaram os movimentos feitos por mosquitos famintos dentro de um túnel de vento.

Os insetos foram atraídos instantaneamente para uma coluna de CO2, muito parecida com o hálito humano; depois de cheirar este gás, eles também foram se abrigar em um ponto escuro.

Finalmente, em distância bem menores, os mosquitos também foram atraídos pelo calor.

As descobertas, publicadas na revista especializada Current Biology, se basearam em provas geradas por pesquisas anteriores, de que o cheiro é um fator essencial para que os mosquitos escolham a próxima refeição.

O odor corporal, por exemplo, pode ter um papel muito importante na forma como os mosquitos escolhem uma pessoa para picar e descartam outra.

Mosquitos são bons para farejar CO2, que está em altas concentrações no hálito de animais de cujo sangue eles se alimentam, como humanos.

Também já se sabia que calor e visão podem ser importantes para atrair estes insetos, mas este novo estudo é o primeiro a determinar o papel diferente de todos estes três fatores.

"Conseguimos formar uma teoria de como todos estes sentidos trabalham juntos no mosquito, para que ele encontre um humano", afirmou o autor da pesquisa, Floris van Bruegel, do Insituto de Tecnologia da Califórnia.

Estímulos separados

A chave para estas experiências era separar os estímulos diferentes: cheiro, visão e calor. Os cientistas colocaram a coluna de CO2, um ponto preto no chão do túnel de vento e uma placa de vidro aquecida que estava invisível.

"Conseguimos ver como os mosquitos reagem a cada um destes três estímulos interagindo", disse Van Bruegel à BBC.

Por exemplo, se os insetos viam um ponto negro em um túnel de vento que antes estava vazio, eles não se aproximavam. Mas se a coluna de CO2 também estivesse no local, eles iriam farejá-la e então partir para o estímulo visual.

"Eles apenas prestam atenção aos elementos visuais depois de detectar um odor que indica a presença de um hospedeiro próximo", disse Michael Dickinson, outro autor do estudo.
"Isto ajuda a garantir que eles não percam tempo investigando alvos falsos como pedras e vegetação."
A equipe conseguiu compreender os três estágios da estratégia de caça dos mosquitos:

1 - De distâncias entre dez e 50 metros, eles usam o odor, particularmente, o CO2.
2 - Se já estiverem excitados por causa do cheiro, eles vão procurar algo que seja visualmente interessante, em uma distância que varia entre cinco e 15 metros.
3 - Uma vez que eles estão a um metro de distância de um possível alvo, eles se concentram no calor corporal.

'Difícil escapar'

Floris van Bruegel afirmou que, do ponto de vista dos humanos, esta abordagem em três estágios é "forte de uma forma irritante".

"A conclusão, infelizmente, é que é muito difícil escapar dos mosquitos."

"Se você conseguisse capturar todo o CO2 que você estivesse exalando, então seria menos provável que o mosquito o encontrasse. Mas, se você está em um grupo de pessoas e outra pessoa não está tomando estas precauções, então um mosquito poderia seguir o CO2 dela. E pode acabar encontrando você antes de encontrar seu amigo."

"Então, você iria querer uma camuflagem visual (também). Quanto mais você interromper estas pistas visuais, menor a possibilidade de eles te encontrarem e picarem você", acrescentou.

A melhor estratégia pode ser criar uma distração para o mosquito, disse o cientista.

"Você pode convencer seu amigo a usar uma camisa contrastante", brincou.

Fonte: BBC

Você sabia?

IGUARIAS EXÓTICAS
Você sabia que pode comer insetos? De verdade. Eles já são utilizados na alimentação em alguns países, principalmente asiáticos. Eles também podem ser vistos como uma alternativa futura para a alimentação humana.


INSETO DO DIA

Greta Oto

Ordem: Lepidoptera

Borboleta pertencente a família Nymphalidae, também é conhecida como borboleta de cristal.


quinta-feira, 16 de julho de 2015

quarta-feira, 15 de julho de 2015

INSETO DO DIA

Soldadinho (Nome vulgar)

Ordem: Hemiptera

Pertencente a família Membracidae, o soldadinho exibe sua beleza singular.


terça-feira, 14 de julho de 2015

INSETO DO DIA

Ischnura elegans

Ordem: Odonata

Com os seus grandes olhos, não perde vista sua presa.



segunda-feira, 13 de julho de 2015

INSETO DO DIA

Trachelophorus giraffa

Ordem: Coleptera

Mais uma vez a natureza nos mostrando a sua diversidade.


domingo, 12 de julho de 2015

sábado, 11 de julho de 2015

Você sabia?

GPS NATURAL
Já imaginou como as formigas sabem qual caminho seguir? É porque os insetos têm vários mecanismos para se comunicarem entre eles. Para as formigas, os sinais químicos são os mais importantes para marcar trilhas e até encontrarem o sexo oposto para a reprodução.


INSETO DO DIA

Mangangá

Ordem: Hymenoptera

Este inseto que encontramos nas flores do pé de maracujá, também é conhecido de mamangaba, besouro-mangangá, marimbondo-manganga, ou ainda vespa-de-rodeio no Brasil e abelhão, mata cavalo, abugão ou zangão.


Aquecimento global está matando abelhas pelo mundo, sugere estudo

É a 1ª pesquisa que relaciona fenômeno ao declínio global de abelhas. Até agora, havia suspeita de que pesticidas e parasitas causavam perdas.


Aumento de casos se dá por conta da estiagem, queimadas e desamatamento (Foto: Divulgação/Secom Campos)

As abelhas não estão se adaptando bem às mudanças climáticas.

Em vez de migrarem para o norte para buscarem temperaturas mais clementes, estes insetos cruciais para a polinização estão morrendo, de acordo com um estudo divulgado nesta quinta-feira (9).

A pesquisa publicada na revista "Science" é o primeiro estudo que explica a responsabilidade da mudança climática para o declínio das populações de abelhas e mamangabas a nível mundial. Até agora, os principais suspeitos desta diminuição eram a utilização de pesticidas, doenças e parasitas.

"Imagine um parafuso. Agora imagine que o habitat das abelhas é no centro do parafuso", disse o principal autor do estudo, Jeremy Kerr, professor de macroecologia e conservação na Universidade de Ottawa. "Conforme o clima esquenta, as espécies de abelhas e mamangabas são esmagadas por este 'parafuso climático' que comprime as zonas geográficas onde o inseto consegue viver", explicou.

"O resultado é o declínio rápido e generalizado dos polinizadores em todos os continentes, que não é devido ao uso de pesticidas ou à perda de habitat", acrescentou.

Registros pelo mundo

Para a investigação, os pesquisadores analisaram quase meio milhão de registros - anotados por museus e cientistas voluntários - de 67 espécies de abelhas e mamangabas na América do Norte e Europa desde o início dos anos 1900.

"O território abrangido pelas abelhas no sul da Europa e da América do Norte caiu cerca de 300 quilômetros. O escopo e o ritmo destas perdas são sem precedentes", disse Kerr.

Esses insetos "geralmente não conseguem" migrar para o norte. Ao contrário das borboletas, que se mudam mas não desaparecerem, acrescentou o estudo.

As abelhas são muito importantes para a agricultura e para a vida silvestre porque polinizam plantas, flores e frutos.

Caso as emissões de efeito estufa não sejam reduzidas, a redução da polinização poderia fazer que algumas plantas, frutos ou legumes se tornem mais escassos e mais caros, alertou o estudo.

Fonte: G1

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Você sabia?

Você sabia que os insetos representam 50% de todos os seres vivos do planeta? Eles também são 90% de todos os animais.


INSETO DO DIA

Bicho-folha (Nome vulgar)

Ordem: Orthoptera

Com todo essa camuflagem, quem percebe que essa "folha" é um inseto?


As formigas operárias são 'preguiçosas', de acordo com cientistas

Você 'trabalha como uma formiguinha'? Talvez não seja bem isso que você quer dizer para o chefe.

AQUI DEBOAS NA PEDRA, CURTINDO UMA PREGUIÇA (FOTO: MACROSCOPIC SOLUTIONS / FLICKR/ CREATIVE COMMONS)

Não sei você, mas quando eu penso em formigas já lembro daqueles desenhos animados que as mostram saqueando um piquenique, com aquela música de cavalaria ao fundo. Ou em "Vida de Inseto", com as pobres formiguinhas trabalhando sem parar para alimentar aqueles gafanhotos insuportáveis. Mas a vida real é muito diferente, de acordo com uma nova pesquisa? Por que?

Porque as formigas operárias são bastante preguiçosas.

Explicamos: cientistas da Universidade do Arizona filmaram colônias de Temnothorax rugatulus, uma espécie bem comum de formiga que vive no Canadá e nos EUA. Depois eles analisaram as filmagens e categorizaram a atividade das bichinhas.

Eles ficaram surpresos ao ver que metade das formigas operárias ficava inativa durante o dia. Enquanto algumas formigas estavam construindo o formigueiro, as outras formigas específicas ficavam na preguiça. 

Por que?

Os pesquisadores ainda não sabem com certeza, mas hipóteses incluem: idade (as preguiçosas seriam mais velhas) ou metabolismos mais lentos. Também há a sugestão de que elas podem estar vigiando a colônia, preparadas caso alguma ameaça surgisse.


quinta-feira, 9 de julho de 2015

Experiências sugerem que insetos têm sentimentos

As emoções não estão limitadas aos seres humanos - longe disso

SIM, INSETOS TÊM EMOÇÃO! (FOTO: MARK SETON / FLICKR/ CREATIVE COMMONS)

Pra quem tem um bichinho de estimação é fácil acreditar que os animais têm sentimentos, mas foi só 2012 que os cientistas concordaram que os animais são seres conscientes. Foi descoberto e comprovado, por exemplo, que os cães são extremamente complexos, e sentem emoções humanas, como a inveja. Mas o que dizer de insetos?

O que é emoção?
Antes de tudo, vamos falar do conceito de emoção. A definição universal para a “emoção”, que é igualmente aplicável em todas as áreas acadêmicas (da neurociência à psicologia à filosofia), tem sido quase impossível de alcançar. Joseph LeDoux, neurocientista, já sugeriu apagar a palavra "emoção" do vocabulário científico.

Embora haja centenas de significados diferentes para a emoção, a definição mais universal que poderíamos encontrar é originária de um artigo chamado “emoção, cognição e comportamento”: "(...) as emoções incluem (mas não estão limitados a) certos comportamentos expressivos que estão associados com estados cerebrais internas que nós, como seres humanos, subjetivamente experimentamos como 'sentimentos'". Muito vago! E ainda limita emoções a seres humanos.

Basicamente, as emoções são detectadas pelos nossos cérebros, por meio de mapas neurais do corpo, e transmitidas para nosso organismo em forma de sentimentos. Isso vale para as emoções primordiais como o desejo sexual, bem como as emoções mais complexas e sociais, como constrangimento.

Experiência com abelhas
Um exemplo fantástico de comportamento emotivo de insetos surgiu de uma experiência com abelhas.

Emoções influenciam nossas percepções e comportamento. Imagine que sua casa foi saqueada por assaltantes e você está em choque e com muita raiva. Você está tão triste que nada te anima, nem seus amigos. Na verdade, nem sua comida favorita parece tão gostosa  assim.

Isso é exatamente o que acontece com as abelhas. As abelhas foram colocadas perto de uma lâmina de ventilador em movimento durante um minuto para simular um ataque de texugo à colmeia e deixar as abelhas com raiva. Depois, foram jogados produtos químicos a fim de acalmá-las, mas a técnica não deu muito certo.

As abelhas que ficaram abaladas com a “invasão” não reagiam aos químicos que simulavam um cheiro apetitoso. Além disso, houve mudanças emocionais relevantes nos níveis de neurotransmissores nas abelhas abaladas e alteração dos níveis de serotonina e dopamina. Isso pode explicar porque mexer em uma colmeia não é uma ideia tão boa assim: isso deixa as abelhas furiosas! E raiva é uma emoção.

ABELHAS (FOTO: ANDY MURRAY / FLICKR / CREATIVE COMMONS)

Experiência com moscas
Uma experiência semelhante foi realizada com moscas famintas. Desta vez, os pesquisadores tentaram induzir medo primitivo, lançando uma sombra sobre as moscas a fim de simular a presença de um predador aéreo - bem como os seres humanos sentem medo ao ouvir um tiro.

Quando o falso predador foi introduzido e, em seguida, removido, os níveis de ansiedade aumentaram potencialmente nas moscas famintas, que ignoravam completamente seus alimentos. Isso sugere que um estado de emoção afeta o comportamento.

Insetos sentem empatia?
Em um experimento recente com tatus-bola, cientistas mostraram a capacidade de empatia com o semelhante. Os pesquisadores demonstraram um tatu-bola calmo acabava influenciando seus companheiros, os deixando mais calmos e animados.

Mas isso pode ser apenas uma imitação de comportamento, em oposição a um processo de correspondência e reconhecimento emocional. Quando um cachorro late - algo que interpretamos como uma forma de desconforto -, ele faz com que outros cães façam o mesmo. Outro estudo comprovou que esse comportamento dos animais é muito mais próximo de algo como imitação comportamental do que com empatia.

Mas afinal, os insetos têm emoções?
Não se pode afirmar com certeza. Ainda tem muito o que ser estudado, embora essas primeiras experiências certamente definam as bases para um futuro onde nós reconheceremos que todos os animais têm emoções em algum grau. Em 1872, Charles Darwin, pai da teoria da seleção natural e da evolução, já afirmava: "mesmo os insetos expressam raiva, terror, ciúme e amor”.

Fonte: Quartz / Revista Galileu