sábado, 27 de junho de 2015

Saiba por que as abelhas podem ajudar no combate às drogas

Cientistas alemães treinaram abelhas para detectar o odor de cocaína e heroína. Suas antenas são melhores que qualquer sensor artificial

As abelhas vibram suas antenas em contato com os odores das drogas, sendo fortes candidatas a ajudar ou substituir cães farejadores(Thinkstock/VEJA)

Abelhas treinadas podem reconhecer os odores de drogas como heroína e cocaína e serem uma alternativa mais barata no controle de narcóticos. Cientistas da Universidade de Giessen, na Alemanha, mostraram que os insetos têm sensibilidade a essas substâncias e podem complementar ou mesmo substituir o trabalho dos cães farejadores. A pesquisa com a descrição dos testes foi publicada na última quarta-feira (17) no periódico Plos One.

A proposta de treinar insetos para o combate de droga existe há alguns anos, pois os cientistas sabem que as antenas desses animais são poderosos sensores para a detecção de elementos voláteis. As moléculas de odor interagem com órgãos sensoriais localizados nas antenas e tornam os insetos melhores e mais sensíveis do que qualquer detector artificial.

Assim, os cientistas resolveram testar as respostas de insetos como abelhas e baratas ao serem expostas a odores das drogas (heroína, cocaína, anfetamina e maconha) e, com a ajuda de um aparelho, mediram as vibrações das antenas. O experimento foi feito com as substâncias puras, misturadas e também amostras diluídas.

Custo menor - Durante os testes os cientistas observaram que abelhas mostraram vibrações quando em contato com os odores de cocaína e heroína. Os animais também foram bem sucedidos nos treinos para a detecção dos odores mesmo quando bastante diluídos, mostrando que podem ser fortes candidatos a substituir cães farejadores. Isso porque o custo do treinamento das abelhas é menor, demora menos e os insetos seriam mais discretos na hora da busca. Ainda assim, os cientistas afirmam que estudos mais profundos são necessários.

A capacidade de percepção a drogas varia entre as espécies. As baratas, por exemplo, mostraram sensibilidade à anfetamina e cafeína.

Fonte: Veja

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